ROADTRIP – ROTA DAS MIGAS (2-3 DIAS)

Entre os séculos XV e XVIII, Portugal viveu tempos de grande prosperidade. Por maiores que tenham sido os custos humanos da epopeia dos Descobrimentos, é um facto que ela se traduziu numa riqueza sem precedentes, fruto do activo comércio de especiarias, ouro e pedras preciosas, que teve a sua principal fonte na Índia e no Brasil. O Alentejo que, nesta época, foi várias vezes morada de reis, participou e beneficiou deste movimento. Ergueram-se casas nobres, palácios, igrejas e conventos, construíram-se obras de monta.A rota poderá ser efectuado por 1 ou 2 noites, custo em pernoitas 0€, combustível 20,00€, um almoço no restaurante o ‘Migas’ em Évora (15,00€/Pessoa).DIA 1 – Alcácer do Sal | Torrão | Brg Odivelas | Viana do Alentejo
ALCÁCER DO SAL
Quem visita Alcácer do Sal não pode deixar de conhecer um museu escavado no subsolo de um castelo, passear por um cais palafítico único na Europa. Os diversos testemunhos da arquitetura religiosa e civil marcam fortemente este território e são locais de visita obrigatória.Castelo de Alcácer do Sal: a grande conquista de Afonso II
Cristãos e muçulmanos travaram sangrentas batalhas para dominar esta fortificação estratégica na defesa do Alentejo. O castelo de Alcácer do Sal só ficou definitivamente português em 1217, no reinado de Afonso II. O apoio dos cruzados determinou a vitória.Experimente: Na rotunda principal de Alcácer do Sal encontra-se uma pequena banca em forma de barco com artigos regionais e a famosa ‘Camarinha’ de Alcácer.
COORDENADAS
ASA Intermarché Alcácer do Sal
38°22’53.1″N 8°30’52.3″W | 38.381402, -8.514520
Área de Serviço Autocaravanas Intermarché ou Parque de Campismo (é gratuito a infraestrutura de manutenção)

Partimos após uma breve visita Alcácer do Sal rumo ao Parque de Merendas de Torrão a poucos quilómetros de Alcácer.
TORRÃO
COORDENADAS
38°17’58.3″N 8°13’45.5″W | 38.299528, -8.229304

Ao meio da tarde decidimos passear na Albufeira Barragem de Odivelas para apreciar o sunset!BRG. ODIVELASCOORDENADAS38°11’02.0″N 8°06’47.6″W | 38.183896, -8.113227

Por fim, encaminhamos para o nosso local de pernoita – Viana do Alentejo –
DIA 2 – VIANA DO ALENTEJO & ÉVORA
VIANA DO
Viana do Alentejo, situada na encosta da serra que tem o seu nome, exibe, orgulhosa, as marcas ancestrais do seu património histórico e monumental. Na certeza das fontes escritas, as suas raízes entroncam no reinado de D. Afonso III, época em que lhe foi concedida a primeira carta de foral, mais tarde renovada por D. Dinis (1321), manifestando privilégios iguais aos de Santarém.
Viana do Alentejo é uma vila bem Alentejana, sede de Concelho, situada entre Évora e Beja, desempenhou sempre um papel defensivo estratégico, com um curioso nome inicial, a denunciar a vizinhança geográfica: “Viana a par d’Alvito”.As suas fontes de água naturais foram motivo de fixação de habitantes ao longo dos séculos, combatendo as planícies secas da região, transformando os campos em redor da vila em hortas e quintas e dotando as pitorescas ruas de Viana do Alentejo com diversos chafarizes.Os locais a visitar incluem o Castelo e a bonita Igreja Matriz, o Convento de N. Sr.ª. da Piedade, o Convento de São Francisco, a Igreja da Misericórdia, as Ermidas de São Sebastião e de São Vicente, o que resta do Convento de Jesus, a Igreja de São Vicente, e por fim, o afamado Santuário Nossa Senhora D’ Aires.Quanto ao artesanato da região, destaca-se a famosa olaria e os tradicionais chocalhos, existindo mesmo percursos e cursos de olaria ao dispor de todos os visitantes, e um interessante Museu dos Chocalhos em Alcáçovas.Viana do Alentejo
– o que visitar
O património de Viana do Alentejo é rico e diverso, misturando épocas e estilos, como podemos verificar quando olhamos para o Castelo e para a Igreja Matriz, ou para o Convento de Nossa Senhora da Piedade ou de São Francisco (século XVI), a Igreja da Misericórdia, as Ermidas de S. Sebastião e de S. Vicente, o que ainda resta do Convento de Jesus, a Igreja de S. Vicente (em Alcáçovas), ou o Santuário Nossa Senhora d’Aires. Este último é visitado por peregrinos desde 1743.No centro histórico de Viana do Alentejo temos o Castelo, com uma posição dominante sobre a vila. É talvez o monumento mais antigo do concelho.
Considerado um dos mais importantes conjuntos arquitetónicos fortificados do final do período gótico, é um marco histórico-cultural notável. Funciona como o ponto principal de onde irradiam as várias ruas da vila.Esta magnífica fortaleza, foi mandada construir por D. Dinis, no ano de 1313. Foi mais tarde reedificado por D. João II, mantendo ainda características do projeto inicial.No interior do Castelo, pode visitar a Igreja Matriz e a Igreja da Misericórdia. A Igreja Matriz de Viana é uma construção manuelina com influências mudéjares.
Tem planta retangular regular e apresenta uma ampla nave. Na fachada principal vê-se um bonito portal manuelino e um arco em volta perfeita. As pinturas murais do século XVIII embelezam o interior, estruturado em três naves de cinco tramos.A norte da muralha do Castelo, encontramos a Igreja da Misericórdia de Viana (século XVII), uma construção religiosa da Confraria da Misericórdia da vila.
O seu portal manuelino é espetacular, bem como a abóbada da capela-mor e os padrões de frescos e azulejos multicolores do século XVII, que guarnecem a nave.O Santuário de Nossa Senhora d’Aires, já fora do centro da vila, construído em mármore e granito, é de visita obrigatória. É um templo Mariano cuja construção começou em 1743 e foi concluída apenas em 1804. Atualmente, o Santuário é local de devoção e romaria.
COORDENADAS
38°20’21.4″N 8°00’39.7″W | 38.339267, -8.011026

ÉVORA – Cidade da UNESCO

Siga até Évora onde poderá ficar na ASA de Évora
ÉVORA, cidade histórica no coração do Alentejo, é herdeira de um rico e variado património cultural, construído e preservado ao longo do tempo. Fundada (ou refundada) pelo povo romano e por este denominada Ebora Liberalitas Iulia, a cidade foi a praça-forte que alicerçou, no Além-Tejo, a formação do novo reino de Portugal durante a Reconquista cristã peninsular do séc. XII.
Após a consolidação das fronteiras com Castela, vários Reis aqui fixaram a sua corte, particularmente na período das descobertas marítimas.O património histórico e artístico que hoje se preserva na cidade resultou em boa medida dessa longa permanência da corte. O conjunto monumental que esses tempos áureos legaram à cidade, em harmonia com o tecido urbano de cariz popular, estão na base da classificação de Évora como Património Cultural da Humanidade, desde 1986.
As suas muralhas guardam ruas e edifícios praticamente inalterados ao longo dos séculos. Uma riqueza histórica e cultural que atrai cada vez mais visitantes nacionais e estrangeiros. Digamos que é um “segredo” muito mal guardado.
O que fazer em Évora?
- PRAÇA DE GIRALDO. Praça central da cidade histórica.
- Arcadas, fonte e Igreja de Santo Antão (Séc. XVI).
- Posto de Turismo. Comércio, serviços e restauração. Rua Cinco de Outubro (artesanato e restauração)
- CATEDRAL DE SANTA MARIA. Edifício monumental românico-gótico (Séculos XIII-XIV).
- Claustro e Museu de Arte Sacra.LARGO CONDE VILA FLOR.
- Ruínas do templo romano (Séc. I).
- Museu de Évora. Biblioteca Pública de Évora. Igreja e Convento do Lóios (Pousada) (séc. XV-XVII).
- Palácio dos Duques de Cadaval (Séc. XVI). Serviço de trens puxado por cavalos.
- CASTELO VELHO. Muralha tardo-romana (Cerca Velha).
- Ermida de S. Miguel.
- Palácio dos Condes de Basto (particular). Ruas Freiria de Cima e de Baixo.
- Museu das Carruagens.
- Solar dos Condes de Portalegre.
- Cabeceira da Catedral (Séc. XVIII).
- UNIVERSIDADE ÉVORA/COLÉGIO DO ESPÍRITO SANTO.
- Igreja do Espírito Santo (Séc. XVI).
- Claustro dos Gerais e salas de aula (Séc. XVIII).
- LARGO DA PORTA DE MOURA.
- Torres da porta tardo-romana. Janela manuelina-mudéjar da Casa de Garcia de Resende (Séc. XVI).
- Fonte e chafariz (Séc. XVI). Casa Cordovil com mirante mudéjar (Séc. XV-XVI). Rua da Misericórdia.
- Mirante mudéjar da Casa Soure (Séc. XVI). Igreja do Carmo (séc. XVI – XIII).
- Comércio, serviços e restauração.
- PRAÇA DE SERTÓRIO. Edifício da Câmara Municipal de Évora (Séc. XIX).
- Termas romanas (Séc. II-III). Igreja e Convento do Salvador.
- Arco de D. Isabel (porta tardo-romana). Artesanato, restauração e serviços.
- IGREJA DA GRAÇA. Fachada renascentista (Séc. XVI).
- Claustro conventual (particular). Travessa da Caraça.LARGO DE S. FRANCISCO.
- Igreja real de S. Francisco (Séc. XV-XVI).
- Claustro gótico. Capela dos Ossos (Séc. XVII).
- Palácio de D. Manuel (Séc. XVI).
- Mercado Municipal (Séc. XIX-XX).
- Centro de Artes Tradicionais (antigo Museu do Artesanato).
- JARDIM PÚBLICO (Séc. XIX).
- Palácio de D. Manuel (pavilhão sobrevivente do conjunto monumental do palácio dos reis portugueses) (Séc. XVI).
- Ruínas Fingidas (Séc. XIX) com elementos arquitectónicos mudéjares (Séc. XVI).
- Muralha medieval (Séc. XIV).
- Baluartes seiscentistas.AQUEDUTO DA ÁGUA DA PRATA (Séc. XVI).
- Troço monumental da época de D. João III (1533-37). Rua do Cano, Porta Nova, Rua do Salvador e Rua Nova. Fontes e chafarizes da Praça de Giraldo,
- Largo da Porta de Moura,
- Largo de Avis e Rossio de S. Brás.
- Caixa de Água renascentista na Rua Nova.PERCURSOS URBANOS.
- JUDIARIA: Rua dos Mercadores, Rua da Moeda e Travessa do Barão.
- MOURARIA: Rua da Mouraria,
- Igreja de S. Mamede, Rua das Alcaçarias.
- PRAÇA JOAQUIM ANTÓNIO DE AGUIAR
- Teatro Municipal Garcia de Resende.
- MURALHAS MEDIEVAIS: Porta do Raimundo,
- Porta de Alconchel e Porta da Lagoa.
- Igreja e Convento dos Remédios, sala de exposições periódicas.
- Ao longo do percurso: comércio, serviços e restauração
COORDENADAS
38°33’48.7″N 7°54’59.4″W | 38.563532, -7.916496
